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Show que homenageia a Era dos Festivais chega ao Espaço Tom Jobim

13173901_1042835369120245_5025792960194726153_nO Festival de Música Popular Brasileira completa 50 anos este ano. Realizado pela TV Record em 1966 é considerado por vários pesquisadores o grande marco inicial do período dos festivais de música no Brasil. E neste recorte, a série  musical inédita “50 anos de MPB – a Era dos Festivais” celebra o repertório que marcou a geração dos anos 1960. No palco, Soraya Ravenle (voz), Edu Krieger (idealização, direção musical, contrabaixo e violão de sete cordas), Marcelo Caldi (arranjos, teclado e sanfona), PC Castilho (percussão, sopros e voz) e Fabiano Salek (bateria e voz). O show acontecerá Espaço Tom Jobim (Jardim Botânico) nos dias 12, 13 e 14 de maio (quinta, sexta e sábado), às 21h, com ingressos a preços populares R$ 10 e R$ 5 – a renda revertida para a Casa Francisco de Assis.

Destaque no palco, caberá à Soraya Ravenle dar voz às músicas, em versões de canções que mantêm sua força no imaginário brasileiro. A série quer relembrar e mostrar à nova geração como era a época em que se revelou talentos como Elis Regina, Chico Buarque, Milton Nascimento, Caetano Veloso, e vários outros bambas da MPB. A intérprete se valerá não somente do talento vocal, mas também da maestria cênica para “passear” pelas intérpretes da MPB dos anos 1960. “Cantar esse repertório é entrar no túnel do tempo. Eu era criança e trago a lembrança forte, ainda plena de frescor, o momento da vitória da canção Luciana, sorriso de menina e olhos de mar. Era uma sensação de comoção, de grandiosidade, com uma multidão cantando junto com aquela moça que aos meus olhos de menina, parecia uma princesa. Não sabia que aquela geração de cantores e compositores geniais ia embalar minha adolescência e me acompanhar por toda a vida. Mexer nesse baú é trabalhar numa sintonia fina e profunda da memória de muitas gerações”, diz Soraya.

Assinando também o roteiro do show, Edu Krieger intercalou as canções com áudios da época. Poderá se ouvir, por exemplo,  Chico Buarque falando sobre música “festivalesca”, Geraldo  Vandré sobre as vaias em Tom e Chico (em que o próprio Vandré decidiu interceder, defendendo os vencedores), e o célebre discurso de Caetano respondendo às vaias em 1968 durante a apresentação no 3º Festival de canção ao cantar “É Proibido Proibir. “Disparada”, “Sinal Fechado”, “Travessia”, “Beto Bom de Bola”, “Ponteio”, “Lama sem Alma”, se juntarão a outras canções históricas.

O projeto quer também mostrar ao público a atualidade das canções nascidas há 50 anos, e da importância da preservação desse repertório, que se tornou referência matriz para toda a produção da MPB desde então, além de levar uma mensagem de paz e de diálogo aos tempos atuais. “Se hoje somos artistas comprometidos com a democracia, devemos aos anos 1960. Esta década é considerada um marco na criação da música popular brasileira. Os festivais da canção aliados ao rádio e à tevê rapidamente difundiram a obra de compositores e intérpretes de todo país. Canalizando o pensamento dos jovens de um Brasil que sonhava com o fim de um sistema político duro e hostil, estes artistas se engajaram por conquistas que desfrutamos hoje. Hoje, 50 anos depois, tenho orgulho de interpretar ao lado de meus parceiros essas mesmas canções, revolvendo um período conturbado como o que passamos nos dias de hoje”, diz Edu Krieger, que considerou na pesquisa os Festivais dos anos 1960, entre 1966 a 1972, exibidos pelas TVs Excelsior, Record, Rio e Globo. Os destaques ficaram para o Festival da Música Popular Brasileira e Festival Internacional da Canção.

Para a atual conjuntura nacional, em que a crise econômica enseja pretextos fascistas, soa oportuno, portanto, resgatar músicas que abordam valores como a liberdade e a luta pela democracia, tendo como horizonte a emancipação humana e o seu apuramento estético. Sem desprezar, é claro, o lado romântico e a dimensão existencial da vida, presentes nas obras do período.

Soraya Ravenle
Primeira-dama dos musicais, a atriz, cantora e bailarina protagonizou uma série de grandes espetáculos do gênero nos últimos anos: “Dolores”, Prêmio Shell melhor atriz, 1999; “South american way”, M. Falabela; “É com esse que eu vou” e “Sassaricando”, Sérgio Cabral e Rosa M. Araújo; “Era no Tempo do Rei”, Heloísa e Julia Seixas; “Ópera do malandro”, C. Buarque; “Opereta Carioca”, G. Gasparani; “Um violinista no telhado”, C. Moeller e C. Botelho, e vários outros. São quase 30 musicais, em 30 anos de carreira. O primeiro CD é de 2011, com músicas de P.C. Pinheiro, selecionado ao Prêmio da Música Brasileira.

Marcelo Caldi
Alcançou projeção nacional em 2012, a partir das homenagens ao centenário de Luiz Gonzaga, mostrando um lado orquestral e sinfônico do rei do baião, tendo vencido o Prêmio Funarte e lançado o livro e o disco “Tem sanfona no choro”, edição do Instituto Moreira Salles. Compôs arranjos sinfônicos sobre temas gonzagueanos, cantados por Elba Ramalho e executados pela Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Orquestra Petrobras Sinfônica e Orquestra Sinfônica do Recife. Apresentou-se ao lado de artistas como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Chico César, Zé Calixto, Geraldo Azevedo e Fabiana Cozza, além de atuar como
solista de acordeom em concertos com as orquestras Petrobras e Sinfônica do Recife.

Edu Krieger
Compositor, instrumentista e cantor, Edu Krieger é reconhecido como um dos mais talentosos da atual geração da música popular brasileira. Possui canções gravadas por cantoras como Maria Rita, Ana Carolina, Maria Gadú, Roberta Sá, Teresa Cristina, Aline Calixto, entre várias outras. Seu primeiro disco, de 2006, foi premiado pela Associação Paulista dos Críticos de Arte na categoria revelação da MPB, e listado entre os dez melhores álbuns do ano pelo jornal O Globo. Já o segundo CD, intitulado “Correnteza”, de 2009, contou com participações especiais de João Donato e Rildo Hora.

Serviço: Show – 50 anos de MPB – a Era dos Festivais

Local: Espaço Tom Jobim

Dias 12, 13 e 14 de maio (quinta, sexta e sábado), às 21h

Endereço: Dentro do Parque Jardim Botânico – R. Jardim Botânico, 1008 – Jardim Botânico
Telefone:(21) 2274-7012

Ingressos: R$ 10 inteira e R$ 5 meia  (renda revertida para a Casa Francisco de Assis)

Classificação etária: Livre

Capacidade:  420 lugares: (com a utilização da plateia, cadeiras extras e mezaninos);
Horário da bilheteria: De terça a domingo a partir de 14 horas até o horário de início do espetáculo, em caso de dia que não houver apresentação fecha as 18 horas.
* Descontos relativos a meia entrada:
– Idades: de 2 a 21 anos e acima de 60 anos;
(Crianças menores de 2 anos não pagam)
– Sócios e funcionários do JBRJ;
– Funcionários da Embrapa;
– Classe Artística;
– Estudantes;
– Professores da rede pública;
– Portadores de necessidades especiais.
Site de compras: Ingresso Rápido
Estacionamento: Parceria com Estapar Jockey Club (solicitar selo de desconto de 30% na bilheteria do Teatro mediante ticket do estacionamento).

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;-) Cantora, compositora, integrante do grupo Nós de Cabrália e amante de música brasileira.

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