Cantor, compositor e multi instrumentista, Marcelo Callado transforma isolamento e solidão em múltiplos encontros musicais em seu mais novo álbum, “Saída” (YB Music). Fruto de um momento de reclusão que inspirou uma série de composições, o quarto disco solo entrega um artista refletindo sobre questões humanas e universais, ao mesmo tempo que muito pessoais.
Ouça “Saída”: https://smarturl.it/MarceloCallado
Presença marcante na última década da cena carioca, Marcelo Callado é nome de referência na bateria, que ocupou em projetos como a Banda Cê ao lado Caetano Veloso nos e o grupo Do Amor, além de se apresentar com artistas como Ava Rocha, Alice Caymmi, Branco Mello, Kassin e Jorge Mautner. “Saída” solidifica ainda mais seu trabalho solo e soma a uma discografia que já inclui também “Meu Trabalho Han Sollo Vol. II”, o álbum duplo “Musical Porém” e “Caduco”.
Embora se trate de um trabalho desenvolvido quase inteiramente durante o atual período de isolamento social, “Saída” atesta o artista múltiplo e de variadas atuações que é Callado. Para compor o single “Tudo é natureza”, por exemplo, recorreu a um livro presenteado pela amiga Rosa Barroso – “Ideias para adiar o fim do mundo”, de Ailton Krenak. De uma conversa por telefone com Ava Rocha, “Verso vivo” e “Borboletas” ganharam vida. Daniel Gnattali surge na inspiração de “Toque de mãe”. De uma conversa via Instagram, Silvia Machete se materializa em “Simbora”. Em “O Horror”, aparece o cello de Moreno Veloso para contextualizar a situação de descontrole do Brasil sob um viés íntimo e pessoal.
Já outras canções surgem de versos antigos, colagens híbridas de criações a quatro mãos. “Se quiser que vá” apareceu primeiro em uma passagem de som da Banda Cê, em 2015, na turnê de “Abraçaço”, de Caetano Veloso, e só agora foi concluída com o parceiro Pedro Sá. “Conte Comigo” é uma troca com Bem Gil que surgiu em 2016. Versos de Callado se mesclam aos de Pedro Montenegro em “Agora créu”; e aos de Bruno di Lullo em “Curtavida”. Esses variados recortes refletem um disco que é, ao mesmo tempo, um panorama universal sobre solidão e passagem do tempo, e uma entrega pessoal sobre relacionamentos, memórias e histórias.
“‘Saída’ veio de um momento sensível e importante na minha vida. Ele foi feito dentro desse período de reclusão, um tempo único, sui generis, onde vários sentimentos diferentes afloraram, e pude ter contato, e muita conversa comigo mesmo. A feitura do disco foi a saída para que me mantivesse nos trilhos, seguindo em frente. Uma coisa curiosa no processo de feitura do álbum foi que apesar do isolamento, é meu disco com mais trocas musicais no processo de composição. Das 12 canções, 9 são parcerias, o que demonstra a importância dos amigos num momento tão delicado”, reflete Marcelo.
“Saída” é um lançamento do selo YB Music e está disponível para streaming.
Ouça “Saída”: https://smarturl.it/MarceloCallado
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