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Madblush explora universo do EP “Livre” com imagético novo clipe

Artista plural gaúcho, Madblush mostra a potência visual de suas canções com o novo clipe, “Livre Eu”. Quarta música do EP “Livre” (LAB 344) a ganhar um vídeo, a faixa é um grito de liberdade e um convite a se livrar das amarras, na forma de um pop misterioso e envolvente. O clipe foi dirigido por Douglas Pires – responsável também pela direção de “LoveLoveLove” e “Blush In The Face” – e já está disponível no canal oficial de Madblush.

A liberdade é um tema que permeia esse novo trabalho do artista, do seu conceito estético ao musical, onde vai do trap e hip-hop ao electropop, funk carioca e beats com referências nos anos 80 e 90. As canções de Madblush prezam por uma expressão sonora sem se prender a rótulos, sempre em busca da evolução.

O clipe de “Livre Eu” abarca de forma simbólica todo esse conceito de liberdade e aprisionamento – seja pela religião, pelo vício, por ideologias raciais, aparência perfeita ou tecnologias. Tudo que as mulheres vivem até hoje, tendo suas existências ainda subjugadas, está presente nesse clipe onde Madblush encarna personagens como uma freira drag queen, uma pastora usando símbolos católicos com as cores do arco-íris, uma mulher presa por sua vestimenta religiosa fundamentalista e a personagem que representa uma aia inspirada na famosa série “The Handmaid’s Tale”. Também surgem um padre sufocado por plástico filme, com seus desejos escondidos pela hipocrisia da religião, e a prisão tecnológica e a aparência que muitos de nós procuramos.

“Mesmo representando aspectos sombrios da nossa sociedade, o clipe se torna leve com a edição e escolha de texturas que dão quase um aspecto de sonho. A música se funde às imagens, trazendo reflexões sobre como nos libertamos de amarras desnecessárias trocando pensamentos e ideias. E não as impondo”, reflete o artista.

“Livre Eu” se une aos clipes de “CPI”, “Criança” e “Quero Ver”, produzidos e dirigidos pelo próprio Madblush. Além dessas faixas, o EP “Livre” conta com “Se Quiser Dançar”, encerrando o trabalho com um convite para se libertar: “nada é proibido”. A narrativa das canções é permeada pela ideia de desconstruir padrões, mas assume um tom memorialista, em que ele revisita sua própria trajetória, da infância, passando pelos desafios e aprendizados da vida de artista.

A carreira de Madblush começou em 2007 em Porto Alegre e, desde então, se mantém como uma referência no cenário de contracultura queer na região sul do país e um nome que ultrapassou as fronteiras – tanto do estado quanto do país, se apresentando em São Paulo, Rio de Janeiro, Montevidéu e Punta del Este. Seu visual inquieto e fluido se uniu à força da produção musical criativa e com letras potentes, levando o artista a ganhar notoriedade. Impulsionado por trabalhos autorais, como “Blush In The Face”, “Champagne” e “Be A Puta”, lançou seu primeiro EP “Intenso Cru” em 2013, totalmente autoproduzido.

Em 2017 e 2018, lançou dois EPs que deram origem ao seu primeiro álbum, “CACTUS” (2018). Em 2019 foi indicado ao Prêmio Açorianos de Música na categoria Pop e, em 2020, viriam os singles “Enlouquecer”, “Isolados” e “Então Pare!”. Novamente, Madblush foi responsável por toda a parte da produção musical até a criação, edição e direção dos videoclipes em completo isolamento social.

Agora, Madblush está pronto para uma nova fase criativa e explora o universo estético e musical do EP “Livre” em um clipe onde seu talento multifacetado se expande. O clipe de “Livre Eu” já está disponível no YouTube e o EP, nas principais plataformas de música.

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