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Luan Bates faz catarse pessoal em intenso novo álbum, “Nothing Left To Say”

Luan Bates trata sua música como forma de exorcizar dilemas pessoais, mas ao mesmo tempo criando letras sinceras de rápida identificação. É assim “Nothing Left to Say”, novo disco do artista potiguar, que acaba de sair pelo selo Nightbird Records. Destilando referências do rock alternativo, indie e britpop, ele apresenta um lado mais intenso da sua sonoridade. O álbum já está disponível nas principais plataformas de streaming.

Ouça “Nothing Left to Say”: https://smarturl.it/NothingLeftToSayLB
Confira o mini-doc do disco: https://youtu.be/BFy8NUYzW-0
Confira faixa-a-faixa abaixo

Luan construiu seu trabalho solo usando o violão como base, o que fez dele um artista associado ao folk. Com o novo disco, ele quer explorar um aspecto ainda desconhecido da sua musicalidade. Aqui, riffs e solos acompanham uma bateria marcante, remetendo a um rock noventista para embalar canções sobre saúde mental, religiosidade, amores platônicos, amizades separadas pelo tempo, sociedade, paranóias.

“O que eu desejo é tirar essa ideia de que, por ter gravado com meu violão antes, obviamente eu sou um artista folk ou de baladas. O disco é uma provação minha enquanto artista, ao mesmo tempo que é uma catarse enquanto pessoa. Eu acredito que o álbum será um salto para mim nesses dois lados, e que conseguirei me conectar melhor com quem escutar as músicas”, entrega Luan.

O processo foi todo feito pelo artista, que assina desde as composições, gravação, produção musical, mixagem e masterização, passando por voz e instrumentos (exceto vocais de Fernanda Fagundes em 2 faixas, guitarra de Toni Gregório e e clarinete de Leo Fazio, ambos no single “Casting Out a Devil”), culminando na finalização do design da capa feita por Jane Gomes. Mesmo diante dos desafios do atual período de isolamento social, “Nothing Left to Say” ganhou forma exatamente como foi planejado: gravado entre março e julho em uma imersão solitária de Bates.

Também produtor musical e agitador cultural, e após dois EPs sob codinomes (Scangledcrow, em 2014 e Tendre, em 2016), Luan se lançou como artista após um ano fazendo shows acústicos em Natal (RN). As canções intimistas geraram uma identificação forte cenário local, e o EP “Listen Up, Mates” ganhou espaço em sites e blogs independentes de música, gerando registros audiovisuais em canais de música como o Elefante Sessions.

Com o lançamento de seu segundo EP, “Distant Minutes”, Bates foi incluído no line-up da edição 2017 do Festival DoSol e indicado ao Prêmio Hangar de Música como revelação da música potiguar. Já em 2018, o músico colaborou com o produtor mineiro Thought Crimes para um remix da música “Squares and Farces” e lançou seu álbum de estreia, “The Morning Sun”, refletindo experiências e relações do cantor com Natal durante a transição da adolescência para a vida adulta.

Lançando suas faixas em inglês, devido à influência do rock alternativo dos anos 90 e do início dos anos 2000, Luan faz agora uma ruptura sonora e estética em “Nothing Left to Say”. O álbum é um registro de vivências e sentimentos em meio a conflitos com sua saúde mental e com a sociedade, além de aprofundar o entendimento sobre o período de transição do início de sua vida adulta.

“A ideia desse registro sempre foi de trazer um som mais pesado em relação aos meus trabalhos anteriores, mas também, de abordar minha condição mental de maneira mais realista, mesmo que mais sombria ou negativa, através das letras. Hoje em dia até os seus desabafos e crises são expostos de maneira mais polida, ‘do jeito que você quer divulgar’, e quando escrevi as faixas, estava numa depressão profunda que não me permitia fugir de pensamentos mais pesados”, revela.

Do violão ao peso das guitarras, Luan Bates se mostra um artista multifacetado na sua discografia. “Nothing Left to Say” vem para somar a essa obra unida por composições sinceras e uma lírica escancarada sobre aspectos pessoais e sociais. O álbum já está nas principais plataformas, através do selo Nightbird Records.

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