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Federico Puppi, violoncelista italiano, estreia em disco solo com “O Canto da Madeira”

Foto: Andre Hawk
Foto: Andre Hawk

“Depois de anos de espera, amadurecimento, esquecimento e descobertas, nasce o meu primeiro disco autoral e inédito”. É assim que o violoncelista e compositor italiano Federico Puppi anuncia “O Canto da Madeira” (independente), instrumental de verve pop. O álbum pode ser baixado gratuitamente no site oficial do músico (www.federicopuppi.com) e está disponível para audição nas plataformas digitais.

Foto: Andre Hawk
Foto: Andre Hawk

Os primeiros shows estão previstos para o dia 8 de dezembro, às 21h, no Oi Futuro Ipanema, dentro do projeto A.Nota, e para o dia 17 do mesmo mês, às 21h30, no Bottle’s Bar, no legendário Beco das Garrafas. Também presente em duas faixas do álbum, a cantora e compositora Maria Gadú fará uma participação especial no show de estreia, que terá mais um ilustre convidado: o violoncelista e compositor Lui Coimbra. Já o cantor e compositor Caio Prado participará do segundo show, em Copacabana.

Foto: Andre Hawk
Foto: Andre Hawk

Disco e apresentações são fruto de uma mistura sonora vibrante e contemporânea: um violoncelo alemão de 150 anos + melodias pop + ritmos brasileiros + flertes com o rock, o jazz e o eletrônico. Ao todo, o disco traz 10 canções instrumentais, cantadas pelas cordas graves do violoncelo no lugar tradicional da voz. O conceito deu nome ao álbum e norteia a obra de Puppi, que estuda o instrumento desde os 4 anos com uma certeza rara de que escolheu e foi escolhido pela música. “Brinco dizendo que é esse violoncelo cheio de histórias quem me toca”.

A vontade de gravar um disco para chamar de seu é antiga, mas, como uma massa que leva um certo tempo para crescer, “O Canto da Madeira” acaba de sair do forno – e chega num ótimo momento na carreira de Federico Puppi. Já estabelecido no Rio de Janeiro, onde mora desde 2012, quando, fugindo da crise europeia, baixou por aqui com o cello nas costas, o ragazzo está em destaque na cena, tocando com o estupendo Caio Prado, além de pertencer à banda fixa e estelar de Maria Gadú. Juntos, produziram o recente “Guelã” (Som Livre), indicado ao Grammy Latino como melhor álbum de MPB.

“Sempre tive a necessidade de fazer o meu som, com as minhas músicas. Esse desejo aumentou nos últimos anos, quando vi a minha carreira de instrumentista deslanchar”. Federico Puppi encontrou o seu lugar. Vem gravando com artistas consagrados – destaque para a sua participação no disco “Magic” (2014), de Sérgio Mendes –, compositores e músicos famosos – gravou o disco “Dio&Baco”, de Suely Mesquita e Eugenio Dale, e se apresenta regularmente com o duo – já colocou o seu instrumento à serviço das contemporâneas Roberta Sá e Anna Ratto (no CD e DVD “Ao vivo”), por exemplo, e expandiu para outras formas de arte. Atualmente, está em cartaz com o espetáculo teatral “Consertam-se Imóveis”.

Faixas como “Solo come um cane” (a única com título em italiano, que significa “Sozinho como um cão”), “Touareg”, “Blue jeans” e “Dança da chuva” vieram da Itália dentro do case de Puppi. Outras três foram escritas no Brasil: “Dente de Leão”, que ele dedica à mulher, a atriz Suzana Nascimento; “Chiara”, feita para a irmã radicada em Edimburgo, e “Rua São Braz”, uma homenagem ao seu primeiro endereço carioca, em Todos os Santos. Com todo o simbolismo que pode ter, é a faixa que abre o disco.

Sobre Gadú, o violoncelista fala com intimidade e gratidão. “Nos conhecemos numa noite que eu não queria sair de casa, mas acabei indo parar num sarau no Comuna, em Botafogo. Quando estava no fim, chegaram um rapaz e uma garota. Eles quiseram tocar e os caras religaram tudo. Eram Dani Black e Maria Gadú. De repente, me vi no palco com a Maria, sem saber quem era. Fizemos uns improvisos e a noite terminou muito feliz. Dias depois, ela me ligou convidando para participar de um show em homenagem ao Cazuza. Aceitei na hora. Isso foi em setembro de 2013”, rebobina.

A partir daí, a vida seguiu outro rumo e Federico Puppi foi se aproximando dos músicos que abraçaram a ideia de fazer “O Canto da Madeira” acontecer. Conheceu Gastão Villeroy (baixo e coprodutor do disco) e Cesinha (bateria) através da Gadú e, apresentado pelo Gastão, ficou amigo do Marco Lobo (percussões). O Eugenio Dale (violão de nylon na faixa “Bebum”) também veio por intermédio do Gastão, sócio no estúdio Pacto com Baco, onde parte do trabalho foi gravado. Fernando Caneca (guitarra e violão de nylon) já tocava com a Gadú e logo ficaram amigos. Quando menos esperava, estava formada a banda que você ouvirá neste disco, na web, no Oi Futuro Ipanema e no Beco das Garrafas.

 “O Canto da Madeira”, lançamentos

QUANDO: 8 de dezembro, uma terça-feira, às 21h

ONDE: Oi Futuro Ipanema, dentro do projeto A.Nota – Rua Visconde de Pirajá, 54 / 2º andar, em Ipanema – (21) 3201.3010

QUANTO: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada)

E MAIS: A duração é de 90 minutos, a classificação etária, de 14 anos, e o teatro comporta 94 pessoas por sessão

QUANDO: 17 de dezembro, uma quinta-feira, às 21h30

ONDE: Bottle’s Bar – Rua Duvivier, 37, em Copacabana – (21) 2543.2962

QUANTO: R$ 30 (inteira)

E MAIS: A duração é de 100 minutos, a classificação etária, de 18 anos, e o teatro comporta 80 pessoas por sessão

Fonte: Monica Ramalho
monicaramalho.belmira@gmail.com

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