O quinto e derradeiro tema do ciclo de encontros mensais ‘Do Sulco ao Bit’, promovido até dezembro, no Oi Futuro Ipanema, será “Da rádio à web”, no dia 14 de dezembro, às 19h30, com uma prosa entre Fernando Mansur e Rose Marie Santini e a participação especial da cantora Nina Wirtti. Como o nome sugere, a série parte das gravações em sulcos dos discos de acetato em 78 rpm até os bits digitais. Esses encontros se destinam a aprofundar a história da música brasileira sob a ótica de especialistas e pesquisadores e com o charme das interpretações de sucessos de cada época. A produção é do Instituto Memória Musical Brasileira (IMMuB), com patrocínio da Oi e apoio cultural do Oi Futuro. Entrada gratuita.
Em dezembro, o radialista Fernando Mansur (foto) e a comunicóloga e escritora Rose Marie Santini vão falar sobre a história do rádio que desemboca no mundo virtual de hoje. Em pauta, os primórdios do rádio, usado como ferramenta da Primeira Guerra Mundial até se tornar um veículo de difusão de notícias e entretenimento. O dial foi sintonizado pela primeira vez no Brasil no início dos anos 1920, numa transmissão do visionário Roquette Pinto. Apenas os sócios tinham direito de ouvi-lo, assim como hoje só os assinantes podem assistir aos canais da TV a cabo ou por satélite. A venda de aparelhos explodiu na década seguinte, quando grandes cantores e atores ficaram famosos.
O rádio tornou-se uma febre, só perdendo espaço para a televisão. No entanto, continua sendo um importante veículo de comunicação. Tanto é que já existem web rádios. Chegou a vez da televisão ceder o pódio aos computadores. Muitas emissoras convencionais passaram a transmitir os seus programas também pela internet. A cantora Nina Wirtti vai levar o público de volta aos tempos áureos do rádio, apresentando os principais sucessos por ele consagrados desde 1930.
“Com esse ciclo de encontros desejamos identificar, valorizar e resgatar partes da memória musical brasileira que nem sempre estão em evidência, facilitando o acesso e reconhecimento do vasto patrimônio musical nacional. Também queremos possibilitar que historiadores, artistas e especialistas expressem as suas visões sobre cada um desses períodos, além de abrir espaço para o debate e a troca de conhecimento com o público”, diz o produtor cultural e presidente do IMMuB, João Carino, mediador de todas as edições, desde agosto.
Este projeto integra o calendário de eventos comemorativos pelos 10 anos do IMMuB, organização voltada à pesquisa e preservação da memória musical brasileira. O Instituto já mapeou e catalogou mais de 81 mil discos produzidos no país, o equivalente a cerca de 800 mil fonogramas, reunindo cerca de 90 mil compositores e intérpretes. A catalogação abrange toda a história da música brasileira, desde a primeira gravação em 1902 até os lançamentos recentes. O acervo segue em constante expansão e está disponível para consultas gratuitas no portal <www.immub.org.br>
O Oi Futuro Ipanema fica na Rua Visconde de Pirajá, 54, em Ipanema. Entrada gratuita, com distribuição de senhas 30 minutos antes. A casa dispõe de 92 lugares e a classificação é livre.
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