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Clássico de Chico Buarque ganha versão do Duo de Casa, formado por Cacala Carvalho e canequinha

Um dos três rocks da extensa discografia de Chico Buarque, “Jorge Maravilha” é uma bem-humorada canção que se refere a um conflito geracional de fundo político em meio a um período conturbado da nossa história. Agora a faixa ganha uma nova interpretação unindo gerações diferentes através do projeto Duo de Casa, que traz Cacala Carvalho e seu filho canequinha. A faixa já está disponível para streaming nas principais plataformas de música.

O clássico foi composto em 1973 quando Chico usava o heterônimo Julinho da Adelaide para burlar a censura. Segundo o próprio autor, o verso irônico e icônico “Você não gosta de mim mas sua filha gosta” se baseia numa situação vivida por ele durante o regime militar no país. Em uma declaração nos anos 70, ele contou que quando foi detido e levado ao Dops, no elevador, um agente pediu a ele um autógrafo para sua filha.

A música é um destaque no repertório do Duo de Casa, que apresenta arranjos personalizados para uma seleção eclética representando a trilha sonora da vida da família. A atmosfera é mais que íntima, pois mãe e filho já tocam, compõem e cantam juntos desde a barriga. Afeto, intimidade e história são as palavras que representam o encantamento deste encontro único, na vida e nos palcos.

Cacala Carvalho atua na música há mais de 30 anos, tendo uma trajetória solo e também em grupos vocais como Arranco de Varsóvia e o Folia de 3. Seus trabalhos a levaram a se apresentar pelo Brasil e em Lisboa, e a gravar um total de oito álbuns, sendo dois solo. Cacala também compõe e em seu trabalho autoral as canções bebem da inspiração das ruas e praias do Rio de Janeiro e Niterói, cidade onde reside desde 2004.

Mais recentemente, sua obra se debruça em especial sobre a experiência feminina nas idas e vindas dos amores praianos, dos traslados urbanos, no lirismo das paisagens que admira. Influenciada pela MPB e pela psicodelia nacional, Cacala define seu estilo como Bossa Psicodélica. Sua relação com a música brasileira já foi expressada no lançamento mais recente, o single “Mestres Meus”, uma ode e homenagem ao impacto da obra de Moraes Moreira na cultura popular.

Filho de pais instrumentistas, canequinha passou pela Escola de Música Villa-Lobos e ainda criança, participou do programa de musicalização O Passo de Lucas Ciavatta. Mais tarde, veio a se tornar aluno do Bacharelado em Composição na UFRJ. O contato com o violão se estreitou a partir da formação das primeiras bandas, entre elas a ManoEla e a Bow Bow Cogumelo, que se tornaram projetos pessoais de longa duração.

Nos intervalos de uma extensa turnê nacional como violonista do espetáculo “Cássia Eller – o Musical”, o artista criou o projeto experimental EJO-Eletrojohn, que juntou as referências da Tropicália à cultura do rap e música eletrônica.

Toda a experiência adquirida nos palcos, estudos, turnês e experimentos se concentram em sua carreira solo, onde cria uma ponte entre referências do passado e do presente como uma enchente de sensações. Seu lançamento de estreia foi o single “Não Vai Passar (Tão Cedo)”.

Tudo isso se une na interpretação do duo para “Jorge Maravilha”, com arranjo de Cacala Carvalho e Fernando Caneca, pai de canequinha. A faixa está disponível em todas as plataformas de música digital.

Ouça “Jorge Maravilha”: https://smarturl.it/JorgeMaravilha

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