Se tem uma coisa que brasileiro gosta, é lista. Listas de fim de ano, então, são ótimo assunto no bar, no chat do Facebook ou no telefone, pra quem ainda usa. Claro que nenhuma delas é unanimidade e a Peneira Musical nem pretende ser. Mas separamos 10 Revelações da Música Brasileira em 2015 pra gente debater, sugerir novos nomes e fazer um balanço deste ano maravilhoso para os artistas nacionais.
Tássia Reis
A cantora de Jacareí-SP já vinha participando do trabalho de diversos artistas, como Marcelo D2 e Rashid e até abriu a turnê de 25 anos dos Racionais MC’s, mas foi em 2014 que ela lançou seu primeiro trabalho. O EP “Tássia Reis” tem 7 faixas e passa doçura e sarcasmo, misturada à crítica social moldada por R&B, Hip Hop e um toque de Jazz.
Julia Vargas
Tudo bem, sabemos que ela lançou um disco em 2012 mas foi em 2015 que o público se apaixonou pra valer pela cantora nascida em Cabo Frio-RJ. Além do repertório, que parece ter passado por uma escolha meticulosa e passa pelo blues, rock e toques regionais, Julia é dona de uma voz bonita e singular.
Ventre
A banda carioca lançou não faz muito tempo seu primeiro disco e é formada por Larissa Conforto (bateria), Hugo Noguchi (baixo) e Gabriel Ventura (voz e guitarra). Com uma parede sonora invejável, as músicas falam do cotidiano de uma forma tão única que dá pra ouvir Ventre todo dia.
Duda Brack
Dona de um canto visceral, a gaúcha radicada no Rio lançou seu poderoso disco de estreia este ano, intitulado “É”. Com temas intensos, Duda trouxe para o público uma carga emocional impactante e arranjos cuidadosos, através de canções inéditas de novos nomes da música brasileira como César Lacerda e Carlos Posada. É um dos grandes discos de 2015.
Diogo Strausz
Depois de produzir bons trabalhos de nomes como Castello Branco e Alice Caymmi, Diogo lançou seu primeiro disco autoral: Spectrum Vol. 1. Nele, uniu estilos como rock, tecnobrega, soul, surf music e umas bases eletrônicas que, curiosamente, deram liga.
Dônica
A banda ficou bastante conhecida por ter as composições assinadas por Tom Veloso, filho de Caetano. Mas seria uma injustiça reduzi-los a isso. Todos os integrantes são muito bem instrumentistas e suas músicas passeiam pelo rock do Pink Floyd e Supertramp e jazz, e bebendo (generosamente) na fonte do Clube da Esquina.
Ava Rocha
A cantora e compositora carioca lançou um disco e 2011, mas conseguiu ampliar seu alcance com Ava Patrya Yndia Yracema, lançado em março deste ano. É um trabalho ousado, bem produzido e provocante com uma voz grave e canções pop.
Liniker
A potência e a sensibilidade do soul estão envolvidos por toda uma aura de artista que sente o que está fazendo e por que está fazendo. O paulista de Araraquara Liniker conquistou (parte do) Brasil sem lançar CD, com um banho de talento, uma voz marcante e uma presença libertadora.
Rico Dalasam
O cantor conseguiu saiu do lugar comum no rap e, assim como Liniker, é um jovem negro e gay. Lançou este ano seu primeiro EP, com seis faixas e praticamente inaugurou no Brasil um estilo conhecido como “queer rap”. Com músicas que falam sobre liberdade e aceitação, Rico conseguiu misturar com propriedade elementos do blues e batidas brasileiras do samba, funk e até axé.
Biltre
A carioca Biltre era a banana que faltava na salada. O bom humor do grupo se espalhou finalmente com o clipe de “Pissaicou”, parodiando o Radiohead. Suas músicas dançantes com bases eletrônicas acabam sendo até viciantes. Destaque para a música “Biscoitinho”, com um refrão besta e irritantemente cativante. Espanta o mau humor de qualquer um.
Erramos:
Tássia Reis é de Jacareí, não Jundiaí. Seu EP foi lançado em 2014, e não 2015. Informações corrigidas às 11:26
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